• Calafrio
Não sei se sou tonta e sempre me apaixono pelos livros ou eles são tudo isso mesmo!
"Calafrio - Os Lobos de Mercy Falls" de Maggie Stiefvater é encantador, emocionante e acima de tudo diferente de todos os outros que li sobre Lobos.
A história é narada por ambos os personagens
Grace!
Quando chega o inverno, Grace é atraída pela presença familiar dos lobos que vivem no bosque atrás de sua casa. Ela espera ansiosamente pelo frio desde que fitou pela primeira vez os profundos olhos amarelos de um dos lobos e sobreviveu ao ataque de uma alcatéia.
Esses mesmos olhos brilhantes ela encontraria mais tarde em Sam, um rapaz que cresceu vivendo duas vidas: uma normal, sob o sol, e outra no inverno, quando vestia a pele do animal feroz que, certa vez, encontrou aquela garota sem medo.
&
Sam!
Tudo o que Sam deseja é que Grace o reconheça em sua forma humana, e para isso bastaria que trocassem um único olhar. Mas o tempo de Sam está acabando. Ele não sabe até quando manterá a dupla aparência e quando se tornará um lobo para sempre. Enquanto buscam uma maneira de se tornar humano definitavamente, têm de enfrentar a incompreensão da cidade, que vê nos lobos um perigo a ser combatido.
Capítulo 16 • Sam
Pag: 80A luz se filtrava atravéz das persianas, lançando listras horizontais sobre seus enormes olhos castanhos e a linha fina de seus lábios.
Voltei para os ovos mechidos os virei num prato exatamente quando a torrada ulou da torradeira. Estiquei a mão ao mesmo tempo que Grace, e foi um daqueles momentos perfeitos de cinema quando as mãos se tocam e você sabe que os personagens vão se beijar. Só que dessa vez foram os meus braços que por acidente a rodearam, prendendo-a de encontro a bancada enquanto eu estendia a mão para a torrada e empurrando-a contra a geladeira quando me inclinei pra a frente. Sem saber o que fazer com minha falta de jeito, nem sequer me dei conta de que aquele era o momento perfeito até ver os olhos de Grace se fecharem, seu rosto erguido para mim.
Beijei-a. Só um leve rocar dos meus lábios nos dela, nada de animal. Mesmo naquele momento, analisei o beijo: as possiveis reações de Grace, suas possiveis interpretações, o modo como aquilo me fez estremecer, os segundos entre ter tocado seus lábios e ela ter aberto os olhos.
Grace sorriu para mim. Suas palavras foram zombateiras, mas a voz era carinhosa:
- Isso é tudo que você tem a oferecer?
Toquei seus lábios de novo e, dessa vez, o beijo foi bem diferente. Valeu por seis anos de espera, sua boca criando vida sob a minha, com gosto de laranja e desejo. Seus dedos correram pelo meu rosto e mergulharam nos meus cabelos antes de me enlaçar o pescoço, vivos e frescos na minha pele quente. Eu me sentia selvagem e domesticado, e feito em pedaço e perdido entre tudo isso ao mesmo tempo. Pela primeira vez na minha vida humana, minha mente não divagou compondo uma letra de música nem guardou o momento para uma reflexão posterior.
Pela primeira vez na vida,
eu etsva ali
e em nenhum outro lugar.
E então abri os olhos e éramos apenas Grace e eu - nada além de Grace e eu -, ela apertando os lábios como se quisesse manter meu beijo dentro dela, e eu segurando aquele momento, que era tão frágil quanto um pássaro em minhas mãos.
Obs.: Desconcidere a frase que colocaram na capa, pois não tem nada absolutamente nada a ver com Crepúsculo... Isso é Marketing LASMKLASMK'
1 comentários:
Ah!!! SAM ....
Perfeito ..eu até choreiiii....rsrs
Lindo d++++
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